19/02/2018

Vocabulário e Usuários no Contexto da Biblioteca

Olá!

Nas diversas atividades que um Bibliotecário executa, temos entre tantas relevantes a Catalogação, Indexação e Serviço de Referência, onde um elemento comum e constante destas três atividades é o vocabulário. Não apenas como “Vocabulário Controlado” e “Tesauros” (alguns autores os distinguem), pois ao seu uso temos como meta a melhor objetividade nos SRI (Sistemas de Recuperação de Informação), mas o cuidado com o próprio vocabulário do Usuário. Inclusive no uso do Termo Usuário temos outros tantos termos que o designam como Interagente, Cliente, Usador (já ouvi algumas vezes) ou mesmo sua combinação Usuário/Cliente, Cliente/Interagente, alguns o simplificam a Leitor/Usuário, no fundo não importando como o designamos e sim apenas cuidar na forma, pois no contexto em que a Biblioteca se encontra onde um ou outro termo pode gerar algum conflito. Irei utilizar “Usuário” de forma a englobar todos os termos, convido o leitor a utilizar o que melhor lhe agrada.

Se formos olhar as possibilidades de Bibliotecas, da Infantil à Especializada, da Publica à Particular, o cuidado é ainda maior com o vocabulário, pois a terminologia empregada será de fundamental importância para uma busca correta. Também ocorre aqui o uso de Unidade de Informação, visto que algumas fogem ao estereótipos natural de Biblioteca. De outra forma, olharmos no contexto Social a que está inserida a Unidade, pesando sua análise em Bibliotecas Públicas ou Bibliotecas Escolares em Unidades de ensino Público, bem como Bibliotecas Escolares em Grupos de Ensino Particular, alguns com uso e ensino em 2 ou mais Idiomas, o cuidado é nítido.

Sendo assim, ao juntarmos os 2 elementos já expostos (Tipologia da Unidade e Público Alvo), não esquecendo os “Usuário potenciais” , que estarão presentes na associação múltipla de ambos os elementos, temos uma diversidade da “Linguagem/Linguajar” que está inserido no “Usuário”, esta tem uma velocidade de mudança, de dialetos, de gírias ou simplificações em seu uso e fonética que o Bibliotecário, além dos aspectos técnicos que sua Unidade apresenta e conhecendo os 3 Serviços inicialmente comentados, deve estar apto a fazer esta ponte entre um Vocabulário as vezes Estático (Tesauros e Vocabulário Controlado) e aquele que está ali presente, as vezes em uma mistura de gerações, ou mudanças bruscas entre o usuário anterior e o que está logo ali a sua frente. Diante disto, temos que Ranganathan em sua 5º Lei bem define: “Uma biblioteca é um organismo em crescimento“, temos que olhar este crescimento num ciclo constante de mudanças, de público, de meios, de estrutura física, arquitetura, acessibilidade e de vocabulário, pois nosso usuário, está inserido num mundo de constantes e rápidas mudanças e anseia por uma linguagem que o permita ser entendido e entender.

Ter o Bibliotecário a amplitude da linguagem a que seu público esta inserido é de fundamental importância, mas não perder as normas e termos a que sua Unidade utiliza, podendo, no contexto de deixar o usuário mais apto (e logo vem a 4º Lei de Ranganathan) “Poupe o tempo do Leitor”, de forma a que ele conhecendo as possibilidades de vocabulário também desenvolva um vasto conhecimento e assim as Três primeiras Leis de Ranganathan terão sua adequada utilização.

Para um passeio diante do exposto, proponho a leitura de alguns textos, simples e rápidos:

Usuários ou clientes de bibliotecas? - Rosane S. A. Lunardelli

Tesauros e Terminologia – Regina Helena van der Laan e Glória Isabel
Sattamini Ferreira

Biblioteca Nacional – Catálogos (Catálogo de Autoridade de Nomes,
Catálogo de Terminologia de Assuntos e Catálogo da Sociedade Brasileira de
Autores – SBAT)


Diretório Acadêmico João Barbosa Coelho
Gestão Alexandria 2017 - 2018

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